Alexandre Saderi, da Volt Mídia, que trouxe o sistema In Taxi para Curitiba
Meios alternativos
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Propaganda acompanha o público até no táxi
Monitores instalados em cerca de 50 carros de Curitiba levam notícias e comerciais para os passageiros. Equipamento tem chamado a atenção de turistas e crianças
Publicado em 19/06/2009 Cinthia Scheffer
Uma nova mídia está “circulando” por Curitiba e São Paulo no banco do passageiro de cerca de 150 táxis. Por meio de um monitor touch screen (sensível ao toque) de LCD com 8 polegadas, ligado a um minicomputador com internet 3G, o sistema batizado de “In Taxi” transmite notícias e comerciais para o passageiro que, por sua vez, pode escolher os temas que mais lhe interessam com um clique na tela. Na capital parananense, 53 táxis (ou menos de 2,4% da frota do município) adotaram o sistema – 33 da cooperativa Faixa Vermelha e outros 20 da Radiotáxi Sereia.
Segundo o empresário Alexandre Saderi, sócio da Volt Mídia, empresa responsável por trazer o sistema para o Sul do país, foram escolhidos os carros mais modernos para receber os monitores. Todos eles oferecem, por exemplo, pagamento com cartões de crédito e débito. Os custos para instalação e manutenção do equipamento são da Volt Mídia, que paga R$ 60 mensais para cada taxista.
Nesses carros, de acordo com a Volt Mídia, circulam cerca de 42 mil passageiros por mês, que ficam no carro em média 12 minutos a cada corrida. A estimativa da companhia considera que cada táxi com o monitor recebe 26 passageiros por dia, 7 dias por semana. Uma pesquisa informal com taxistas da capital, no entanto, indica que eles não fazem mais do que 15 corridas diárias – diminuindo a estimativa do público para 24 mil pessoas por mês. “Em geral, eles circulam pelas regiões de maior poder aquisitivo da cidade”, diz Saderi. O público principal, completa o empresário, são pessoas das classes A e B, entre 30 e 50 anos – e 65% são mulheres.
Funcionamento
Por enquanto, o In Taxi tem como anunciantes quatro restaurantes e um bar – com contrato de exclusividade para o segmento em que atuam –, uma rede de cinema e a prefeitura de Curitiba. O anunciante pode optar por comerciais em vídeo ou textos. A atualização do material veiculado é feita on-line. “A notícia é uma parte muito importante. Se você transmite apenas propaganda, o passageiro acaba perdendo o interesse”, diz Saredi.
O sistema é acionado pelo motorista, e o passageiro consegue interagir com a tela escolhendo as notícias por assunto ou clicando na logomarca de cada anunciante para ver os produtos oferecidos por ele. Pelo sistema, também é possível acompanhar o número de corridas e o tempo de cada uma, assim como os cliques dos passageiros, para mensurar o retorno do investimento na mídia.
O anunciante, explica Saderi, pode optar por anunciar em 25 ou 50 táxis. Os comercias em vídeo, de 15 segundos, são repetidos a cada 3 minutos, mas sem sistema de áudio. O custo é de R$ 40 por semana, por carro. No caso dos textos, é preciso investir R$ 1,9 mil por um mês de inserções em toda a frota.
Um dos anunciantes do In Taxi, o empresário Márcio Brasil, dono do restaurante Zapatta, acredita que, por ser uma novidade, o monitor chama mais facilmente a atenção do passageiro do que mídias tradicionais. “A pessoa está ali vulnerável, com tempo para ver as propagandas. A interatividade é outro ponto interessante.”
Carros
O carro do motorista Edivaldo Ferraz foi um dos escolhidos para a instalação do equipamento. Ele conta que a novidade tem despertado a atenção dos passageiros, principalmente de turistas e crianças. “É muito fácil de mexer. E, às vezes, mesmo falando no celular, a pessoa está olhando para o que está passando na tela”, conta. Esta também é a aposta do presidente da cooperativa Faixa Vermelha, Evandro Murilo Schroeder. “É mais um serviço que oferecemos. E as pessoas estão gostando”, conta.
